EXPEDIÇÃO 142 S.VICENTE

EXPEDIÇÃO 142 S.VICENTE

24 março 2010

ACANUC - Campo de Actividades Escutistas de Idanha-a-Nova


27 a 31 Março 2010
Regime: Acampamento

CONCENTRAÇÃO NA SEDE: DIA 27 ÁS 07H30M

A LEVAR:

  1. Almoço frio para sábado
  2. Fato de banho, toalha e chinelos de banho
  3. Farda (para 5 dias, incluindo 2 pares de calçado, alem dos chinelos)
  4. Colete reflector
  5. Máquina fotográfica (mínimo uma por patrulha)

MUITO IMPORTANTE  
FICHA DE SAÚDE DOS ELEMENTOS: deve estar completamente preenchida e ASSINADA pelos pais dos elementos. Deve ser entregue sábado ao Chefe ou então poderão deixar na caixa de correio da Sede até sábado.
NENHUM ELEMENTO PODERÁ FAZER CHECK-IN EM CAMPO, SEM ESTA FICHA!


Para quem até a data não tiver entregue a Autorização para esta Actividade ou não tiver pago, deverá obrigatoriamente fazê-lo até sábado.


HORÁRIO PREVISTO PARA CHEGADA dia 31 Março 2010: 19H



Qualquer dúvida contactem os Chefes, sempre Alerta para Servir!


Até sábado!
Os Dirigentes da IIª Secção

10 março 2010

Relatos da Vida de S.Nuno

S.Nuno de Sta Maria não era só Condestável, mais o importante de tudo, era um Homem de Deus...
             
Beato Nuno - Amigo dos pobres, e dos adversários
 I
O lado solidário do futuro santo está bem presente na mente dos seus devotos. José Miguel Moser relembra o facto de, mesmo depois de combater os espanhóis em Aljubarrota, D.Nuno quis socorrer os inimigos feridos.

"Ainda hoje, na vila de Ourém, existe um bairro chamado Castela, porque ele, enquanto Conde de Ourém, logo que terminou a batalha, mandou organizar nas terras do seu condado, abrigos para cuidar dos feridos de Castela que tinham sobrevivido à batalha."

Esse espírito de ajuda centrava-se em particular nos pobres, e conta-se também na história de um caldeirão: "agarrou no caldeirão que servia para fazer comida para os militares, e passou a utilizá-lo para fazer comida para os pobres, que distribuía à porta do Convento do Carmo. O que hoje conhecemos como a sopa dos pobres nasceu com D. Nuno Álvares Pereira", afirma José Miguel Moser.
 
II
Desprende-se de toda a propriedade material, torna-se pobre e vive como pobre para os pobres. Assim o viu o autor da Crónica do Condestável: "apartou-se a servir a Deus em estado de pobre". Uma opção de radical significado, algo fundamentada na dialéctica pobreza/riqueza, em que assumiu serem, os pobres, o tesouro dos ricos. 
 
 III
 Mas Frei D. Nuno não se despojou de tudo: conservou na sua pequena cela a sua espada e armadura. Abraçara a Religião mas não morrera a alma de leão devoto à Pátria. Há uma história fabulosa, invenção apologética do senso patriótico, sobre o embaixador de Castela que o terá visitado no Convento do Carmo e lhe perguntado o que faria se Castela invadisse novamente Portugal? Então o velho guerreiro levantou o hábito e deixou ver que por baixo trazia vestida a sua cota de malha, dizendo com firmeza: "Se el-rei de Castela mover guerra a Portugal, servirei ao mesmo tempo a religião que professo e a terra que me deu o ser". 

IV
Outra história fabulosa, situada no início da vida monástica de D. Nuno, foi a do boato de Ceuta estar prestes a apresada pelos mouros, e o velho guerreiro alquebrado querer embarcar na Expedição de socorro a Ceuta. Quando o tentaram dissuadir, pegou numa lança e atirou-a da varanda do Convento. A lança atravessou o vale em baixo e foi cravar-se numa porta do outro lado do Rossio, dizendo D. Nuno: "Em África a poderei meter, se tanto for mister"! Daqui nasceu a expressão "meter uma lança em África", no sentido de se vencer uma grande dificuldade.
 
V
A "Espada Mágica" do Santo Condestável 

Desde a sua juventude que o Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira era tremendamente influenciado pela Mística dos Cavaleiros da Távola Redonda e a sua Demanda do Santo Graal, símbolo perene de Iluminação na Graça do Espírito Santo incarnado na imagem ideal de Santa Maria Maior.

Homem feito, ingressado na carreira das armas e já destacado como esforçado cavaleiro defensor do reino, procurou ter uma "espada mágica" como aquela que o rei Artur possuiu, uma nova caliburna ou excalibur que desta vez seria deste novo "Galaaz do Carmelo". Pegou na sua velha espada e procurou Fernão Vaz, alfageme de Santarém, para que a corrigisse, e ele assim fez, dando-lhe têmpera e feição nova, nada cobrando ao Condestável pelo trabalho, dizendo, em guiso profético, que quando ele fosse Conde de Ourém lhe haveria de pagar, o que veio a acontecer, tendo D. Nuno feito grandes intercessões a favor desse alfageme, misto de ferreiro, alquimista e profeta.   

Com essa excalibur ungida, erguida ao Céu evocando os seus Poderes, D. Nuno Álvares Pereira salvou a independência ameaçada de Portugal por Castela, e depois vira-a para baixo e fá-la Cruz, a qual abraça incondicionalmente na Fé do Carmelo, no todo sendo cavaleiro-monge, o paradigma perfeito da Linhagem Cavaleiresca ou Kshatriya sob o pendão da Mãe Divina de quem era Grão-Tributário.

Pode-se ver a réplica exacta desta espada no claustro arruinado do Convento do Carmo (assim como à entrada da igreja do Santo Condestável, também em Lisboa, havendo outra igual na Sertã, por cima da porta lateral da capela de N.ª Sr.ª dos Remédios), mesmo que se diga que a peça original é a que está patente ao público no Museu Militar de Lisboa, junto a Santa Apolónia.

 VI
Ainda guerreiro, era conhecido por ser um homem de fé e de oração, raro iniciando uma peleja sem antes se recolher em oração, sem pressa de combate.
 
VII
Desprendido dos bens materiais, desejou realizar três intenções: mendigar o sustento pelas ruas da cidade, não consentir outro título que não fosse Nuno, e sair de Portugal para viver onde fosse desconhecido. Não foi preciso sair, porquanto D. João e D. Duarte lhe estabeleceram uma pensão para seu sustento, pensão essa que, ao fim e ao cabo, Nuno de Santa Maria distribuía pelos pobres e necessitados que á porta do convento se aglomeravam, ganhando, entre o povo, o título de Pai dos Pobres.